Você já ouviu falar em feniletilamina? Se sim, provavelmente a conversa tinha algo sobre paixão também. As duas palavras aparecem frequentemente juntas, pelo menos depois que dois médicos do Instituto Psiquiátrico Estadual de Nova Iorque, Donald Klein e Michael Lebowitz, apontaram sua relação.
Os especialistas americanos observaram que o cérebro dos apaixonados continha boas quantidades de feniletilamina e que, provavelmente, essa substância estava relacionada com as sensações que experimentamos quando encontramos alguém especial, como rir à toa ou ficar mais feliz.
De lá para cá, estudiosos descobriram que o hormônio estimula nossos neurotransmissores centrais a produzirem noradrenalina e dopamina, que têm tudo a ver com a sensação de bem-estar e felicidade. A feniletilamina, inclusive, também está entre os benefícios do chocolate, que é rico nessa substância.
Isso mesmo, essa palavrinha complicada também é uma das razões pelas quais você se sente melhor ao consumir o chocolate, o que tem a ver com a liberação de dopamina. É por isso que muita gente deseja tanto a guloseima quando está estressada ou triste, porque nosso corpo já sabe o que ela traz.
A maioria dos chocolates ainda é rico em cafeína, substância que também pode aumentar a sensação de bem-estar, pois ajuda o nosso corpo a ter mais disposição e motivação. E esse ainda é um dos alimentos mais românticos que existem, na lista dos melhores para presentear o seu amor. Tudo interligado.
Mas, afinal, o que é a feniletilamina? Ela é um composto orgânico que funciona como um neurotransmissor no sistema nervoso central dos mamíferos. Ou seja, não somos os únicos seres a experimentarmos os benefícios delas — tudo indica que outros animais também se sintam melhor quanto ela aparece.
A feniletilamina é similar à anfetamina e é essa semelhança que permite que ela atue liberando hormônios relacionados ao prazer, ao amor e à felicidade. É um sistema complexo, mas que faz muito sentido.
Muito mais que felicidade
Por suas propriedades, a feniletilamina sintetizada também vem sendo utilizada no tratamento de algumas doenças psiquiátricas, como a depressão e a ansiedade. Há relatos de que ela venha sendo utilizada com sucesso até mesmo para tratar outras doenças neurológicas, como esquizofrenia e Mal de Parkinson.
Por suas propriedades estimulantes, a feniletilamina também ajuda a melhorar a disposição, a concentração e a motivação de quem a consome. O que também acaba tendo relação com a felicidade, se pensarmos bem.
Dizem que até emagrece
Indiretamente, alguns estudos sugerem que essa substância também pode auxiliar no emagrecimento (desde que consumida com moderação, claro) e há quem diga até mesmo que ela atua na nossa libido, funcionando como afrodisíaco — o que também tem tudo a ver com a paixão, não é mesmo?
No amor ou na comida
A feniletilamina pode ser produzida naturalmente pelo nosso organismo, como quando nos apaixonamos, por exemplo. Mas, hoje em dia ela também pode ser encontrada em cápsulas, que podem ser consumidas, mas pedem moderação, já que se trata de um medicamento.
Em sua forma natural, além do cacau (do qual é feito o chocolate), ela está presente em alimentos como nozes, amendoim, carne, ovos e leite — notou que algumas dessas comidas também são conhecidas por suas propriedades afrodisíacas? Tem tudo a ver.
Aprecie com moderação
Assim como o amor ou qualquer alimento, a feniletilamina em excesso também pode ser prejudicial. Ela está relacionada a crises de enxaqueca, que muita gente relata sentir quando come muito chocolate, por exemplo. Portanto, aprecie, mas com moderação.
